Autor de obras como os romances Aninhanha e Menino e do livro de contos A última noite, entre outros títulos, Pedro J. Nunes está de volta à Biblioteca Pública do Espírito Santo, na Praia do Suá, em Vitória, para retomar o projeto Escritor Residente, com sessões de produção literária e conversas sobre literatura produzida no estado com as turmas de escolas que visitam o espaço. Leia
Desse modo podemos crer que a tarefa de escritor-residente em nossa pequena aldeia, ainda que não possa ter inspirado a nenhum de nós, dá-nos certa extirpe. E digo “dá-nos” porque acabei sendo eu, e o sou desde o início de 2015, o escritor-residente da Biblioteca Pública do Espírito Santo, ou seja, o terceiro escritor-residente capixaba, dando continuidade a essa ideia que entre nós nasceu de José Carlos Oliveira. Leia
Neste vídeo, Ítalo Campos, Pedro J. Nunes, Reinaldo Santos Neves e Rita Maia falam de livros e autores em língua alemã. O vídeo foi produzido, sem qualquer tipo de pagamento ou subvenção, para o Consulado da Alemanha, com o fim de incentivar o hábito da leitura.
“Se não tiver pecados atire a primeira pedra” (p. 25).
Após uma primeira leitura do romance Aninhanha, do escritor Pedro J. Nunes, algo ficou insistindo para que fosse colocado em palavras. O que da obra causou tal ressonância? Como expressar em palavras, impressões tão vívidas? Um texto forte, impactante, que, como bem coloca Carlos Nejar em sua apresentação da obra, caminha entre Rosa, Clarice, Beckett e Joyce, mas traz a marca do autor, no grito da própria criatura. Ouso acrescentar ainda, Eurípedes e sua Medeia, como um possível ponto de inquietação que fez despertar em mim a dimensão trágica do texto de Nunes. Leia
O que há de mais precioso que a infância? Não é ela uma riqueza a ser protegida no cofre cerrado da memória? Existiria algo mais infame que a violação dessa fase tão pura da vida? Essas e outras indagações agitam a mente após a leitura do sublime romance Menino, de Pedro J. Nunes.
A cativante história do garoto do interior do Espírito Santo, mais precisamente do município de São José do Calçado, foi levada a público por meio do belíssimo projeto intitulado Nossolivro, organizado pelo jornal A Gazeta, no ano de 2012. Leia
Eu tenho a leve suspeita de que se Pedro J. Nunes não fosse escritor seria jesuíta. E se Pedro J. Nunes fosse jesuíta seria da igreja dos Reis Magos de Nova Almeida. E se Pedro J. Nunes fosse jesuíta da igreja de Nova Almeida nem o Marquês de Pombal o teria tirado de lá.
Com esta introdução meio lúdica estou querendo realçar a apego que Pedro J. Nunes tem pela igreja de Nova Almeida. Leia
Em Aninhanha, Pedro J. Nunes abre espaço para as micro-histórias em que se apresenta a celebração do humano, passível de ser reinventado em outro lugar em outro tempo, pois como afirma Schmidt, “onde há sujeitos há desejo, interação, movimento”. Leia
Vilarejo e outras histórias reúne, além da novela que dá título ao volume, mais três contos. Em sua 7ª edição, o livro foi leitura obrigatória do vestibular da Universidade Federal do Espírito Santo em 95/96 e vem sendo sistematicamente adotado em diversas escolas. Em Vilarejo e outras histórias tudo existe ao lado de seu duplo: coragem e covardia, monstruosidade e bondade, vivos e mortos, o eu e o outro.
Até a 4ª edição o livro saiu pelas Edições Você, da SPDF/UFES. A 5ª edição saiu pelo IHGES, e a 6ª pela Cultural & Edições Tertúlia.
A respeito desse livro, escreveu Deny Gomes: "O livro, em sua unidade diversificada, cria mundos insólitos, fantásticos, absurdos, ligados numa forte teia de palavras em que velho e novo, mítico e histórico, universal e regional, sagrado e profano, sério e cômico, bem e mal estão em confronto e, ao mesmo tempo, integrados, provocando no leitor a boa e instigante dúvida que, como o riso, nos distingue dos irracionais. Ao criar esses mundos, o jovem autor capixaba realiza a fusão do discurso do sonho, da loucura, do mito, das narrativas populares produzindo um texto literário simbólico e revelador das profundidades do real que ele faz assomar."
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Menino é um romance sobre a infância e a enorme curiosidade que transformou um menino num impiedoso observador do mundo adulto. No centro da trama um crime de pedofilia de que foi vítima uma de suas parceiras de infância.
Usando suas próprias experiências, Pedro J. Nunes escreveu um romance confesso. Lá estão pessoas que existem de carne e osso e tudo, ou quase tudo, é real em Menino.
Não espere pieguice nas páginas deste livro: não há saudosismo. Narrado do ponto de vista de uma criança, é a história de sua sexualidade e seus amores, o maior deles uma futura prostituta.
Prêmio Virgínia Tamanini de Romance, em suas três edições foram impressos 73.500 exemplares.
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O tapete de Zezé é meu segundo livro dedicado ao leitor infantojuvenil, o primeiro foi o livro A pulga e o jesuíta,premiado com o Prêmio Secult de Literatura Infantojuvenil de 2010, livro que já alcançou duas edições. Este é um livro sobre leitura, e de como é possível voar num tapete em companhia dos livros. E é justamente de como voou num tapete mágico que um adulto, que conta a história, vai tecendo o conto – bem à moda de um tapete de retalhos – para uma atenta interlocutora, a gentil, curiosa e exigente menina Pietra.
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Este é meu segundo livro de contos. O primeiro foi Vilarejo e outras histórias, lançado em 1992, hoje na sexta edição. Um período de 23 anos entre um volume e outro pode motivar suposições. Antes que alguém as faça, apresso-me com a justificativa de que minha principal razão para esse hiato é a de que já se escreve muito, e muita vez sem necessidade. Platão disse muito acertadamente que os tolos falam porque têm que dizer algo. Então, como nada tinha a dizer, posto me ache um tolo, não disse. Mesmo entre meus demais livros, que incluem três romances, um livro infantojuvenil e uma reportagem histórica, houve um lapso que justifica minha isenção.
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O prêmio foi concedido pela Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. A previsão é de que o romance seja reeditado até o fim do ano. Ao texto original será acrescentada fortuna crítica, com estudos de Maria Thereza Ceoto e Karina Fleury.
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Durante quase três décadas, um grupo de amigos se reuniu na Livraria Logos da avenida Leitão da Silva, em Bento Ferreira, até que ela foi desativada, em 2015. A partir de uma ideia de Pedro J. Nunes, que vinte anos antes havia organizado a antologia Mulheres: diversa caligrafia, Caco Appel e ele organizaram esta antologia, envolvendo dezoito dos frequentadores dessas reuniões.
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Em 3 de setembro de 2013, participei do Viagem pela literatura, excelente projeto da Biblioteca Pública de Vitória, batendo um papo literário com alunos, muito gentis, da rede pública municipal. Estas são algumas fotos do evento.
Turnê foi como Reinaldo Santos Neves, Joca Simonetti e eu chamamos os inúmeros comparecimentos que fizemos a escolas da Grande Vitória e do interior do Estado divulgando a revista Você e o encarte do conto Vilarejo em forma de livro junto com a edição nº 4, de outubro de 1992. A primeira dessas visitas foi a uma escola da rede pública que fica próxima ao cruzamento da av. César Hilal com Leitão da Silva, em Vitória, visita fotografada por Carolina Ventorim. Eis aí uma mostra do que se fez naquela época em torno da revista Você e da 1ª edição de Vilarejo.
Em 20 de outubro de 1993 foi autografada a 2ª edição de Vilarejo e outras histórias, na Livraria da Ilha, no Shopping Vitória. Danilo e Nilton, proprietários da livraria, assessorados pelo poeta Sérgio Blank, fizeram do local um ponto de encontro de escritores capixabas, com intensa programação cultural.
Nesse local bastante hospitaleiro ocorreu o lançamento da 2ª edição de meu livro. A 1ª edição do livro trazia apenas o conto Vilarejo, na 2ª o livro estava completo com os outros quatro contos que o compunham originalmente.
Em 2012, um projeto das Secretarias de Educação e de Cultura do Espírito Santo relança Menino. O romance foi publicado originalmente pela Secretaria de Cultura do ES depois de receber o Prêmio Virgínia Tamanini de Romance, em 2000. Nesta 3ª edição, o romance teve uma tiragem de 70.000 exemplares, distribuídos entre assinantes e compradores do jornal A Gazeta e estudantes das escolas públicas do Estado.
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Sempre me lembro de que o conto "Sereia" não me agrada, mas deu-me bastante prestígio como escritor. Afinal, eu era publicado nos anos 80 pela mais vibrante editora dos anos 80, a Editora Brasiliense, depois de concorrer com quase 2.000 escritores do país inteiro.
Este e outros textos publicados em antologias, revistas e outras publicações, que, não fossem novamente publicados aqui, permaneceriam desconhecidos, estão aqui.
O conto A ratazana e o ocaso foi escrito no final da década de 1980 e publicado por Miguel Marvilla no volume 3 da antologia Palavras da cidade, editada pela Prefeitura Municipal de Vitória. Embora tenha feito uma história razoável, este conto não foi publicado em nenhum outro lugar, ao que eu saiba. Aqui vai a última e definitiva versão que dei a ele. Clique aqui para ler.
Como trabalho de graduação, os alunos da disciplina Desenho Industrial, do curso de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo, fizeram sete projetos de edição do conto Vilarejo. Além dos livros, os alunos produziram folders, malas-diretas, convites, etc.para cada edição.O trabalho impressiona por vários aspectos, mas o que salta aos olhos é a multiplicidade de leituras traduzidas nas sete capas desenvolvidas pelos acadêmicos.
O trabalho foi orientado pela professora Sandra Medeiros, proprietária da editora Ímã e titular da disciplina.
Conheça o trabalho e veja todos os detalhes clicando aqui.